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CLASSIFICAÇÃO

FICHA DA PLANTA:
Nome científico: Theobroma cacao
Nomes populares: cacaueiro, cacau, árvore-da-vida
Família: Sterculiáceas
Origem: América Central, Brasil
Porte: pode atingir até 6 metros de altura
Floração: verão
Frutificação: outono e inverno
Propagação: sementes
Clima:quente e úmido
Solo ideal: arenoso

O cacaueiro é uma planta da família das Sterculiáceae. Foi citado pela primeira vez na literatura botânica quando Charles de L‘Êcluse o descreveu com o nome de Cacao fructus. Em 1737 foi classificado por Linnaeus com a designação de Theobroma fructus, sendo modificado mais tarde (1753), para T. cacao, designação que permanece até hoje.

Habitat natural
Perú, Equador, Venezuela, Amazônia legal brasileira, Amazônia sul-americana, América Central e América do Norte meridional.
Descrição da Planta - O sistema radicular do cacaueiro consta normalmente de uma raíz principal, pivotante (espigão), que atinge uma profundidade variável entre 1 e 2 m, dependendo da estrutura e profundidade do tereno. Dela partem ramificações laterais , em maior nas proximidades da superfície do terreno, as quais se subdividem e formam uma rede densa. São estas raízes responsáveis pela nutrição mineral da planta, enquanto o pivotante tem a função maior de fixação do cacaueiro.
O caule é ereto, de casca lisa e verde durante os primeiros 2 anos, e cor cinza-escuro de superfície irregular na planta adulta. A uma altura variável entre 60 cm e 2 m o caule emite ramos laterais e, destes, outros que formarão a copa do cacaueiro.
Quando novas, as folhas são de cor rósea a bronze-escuro e posteriormente tornam-se rígidas e verdes. São alternas e opostas nos ramos laterais, enquanto que nos ramos verticais elas são alternas, porém em espiral.
As flores se formam em inflorescências no tronco ou nos ramos lenhosos, nas chamadas almofadas florais, de onde se desenvolvem e formam os frutos. As flores são hermafroditas, ou seja, possuem os dois orgãos; masculinos, chamados estames, e femininos, chamados estigmas.
Polinização - A polinização do cacaueiro é feita por insetos conhecidos como mosquinhas do gênero Forcipomyia.
Estas moscas vivem no ambiente natural das plantações de cacau, nas plantas epífitas (gravatás), nas árvores de sombra e nos pseudo-caules de bananeiras em decomposição. Sua maior ocorrência se dá nos períodos chuvosos, quando o cacaueiro emite suas flores.
O fruto do cacaueiro é uma cápsula, pentalocular, de cor dourada ou vermelha. A superfície é percorrida por sulcos longitudinais e superficiais.
As sementes, que constituem a parte econômica do cultivo, variam em forma e tamanho, segundo a variedade; são, via regra, achatadas. No cacau “Criolo”, a casca é fina, os cotilédones brancos ourosados e de gosto adocicado; no cacau "Comum" , a casca é grossa, os cotilédones violáceo-escuros e de gosto amargo.

Variedades - As variedades cultivadas de cacau estão agrupadas em três complexos genéticos: Criollo, Forasteiro e Trinitário.
Tipos de Cacau Criollo:
Seleção Mexicana - RIM
Seleção da Guatemala - SGU
Seleção da Venezuela - Chuao, Choroni, Ocumare.
Tipos de Cacau Forasteiro:
Pará, Parazinho, Comum, Maranhão
Alto Amazônicos
Mutações da Variedade Comom: Catongo e Almeida.
Tipos de Cacau Trinitário:
Imperial College Selection - ICS - Trindad
Seleção United Fruit - UF - Costa Rica.
Nas variedades “Criollo”, os frutos são grandes, geralmente apresentam a casca fina e rugosa, coloração verde-escuro quando imaturos, passando para amarelo ou alaranjado quando amadurecem. Possuem sementes grandes, de cor branca a violeta-pálida, com muita polpa dando um produto de superior qualidade conhecido comercialmente como “cacau-fino”. As plantas e os frutos são menos resistentes ao ataques de pragas e infecções das doenças. Estas variedades são cultivadas nos países da América Central. Na América do Sul existem plantações na Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.
O grupo Forasteiro", apresentam frutos que variam da forma de cabeça ao amelonado, possuem sementes achatadas de cor violeta-intenso, produzindo um cacau conhecido como tipo “básico”. É a variedade mais difundidada, dominando 80 % da produção mundial, predomina nas plantações da Bahia, Amazônia, e nos países produtores da África. Da variedade"“comum”, amplamente cultivada na zona cacaueira da Bahia, houve uma mutação, dando origem ao cacau Catongo e Almeida, que se caracterizam por possuirem sementes brancas.
As variedades do grupo "Trinitário", produzem sementes de coloração que varia desde o amarelo pálido até o roxo-escuro, e apresentam um produto de qulidade intermediária. Seus principais representantes possuem características distintas, por serem vaiedades obtidas do cruzamento entre os Criollos e Forasteiros e reproduzidas assexualmente ( enraizamento de estacas, ou enxertia ) constituindo-se em clones. Estes clones são muito cultivados na América Central, principalmente em Trindade e Costa rica, países de onde se originaram, e foram introduzidos em outros países e na zona cacaueira da Bahia pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, através do Centro de Pesquisa do Cacau - CEPEC para os programas de melhoramento genético dos cacaueiros baianos.

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Orlando Cruz

O cacau foi uma cultura que desbravou e criou a região Sul do Estado da Bahia. Até a chegada da Vassoura de bruxa em 1989, praga que praticamente dizimou as platações de cacau no Estado. Levando a uma crise social sem precedentes no Estado e no Brasil!